sábado, outubro 30, 2004

Sobre a Arte

(...) Pois a natureza também é bela quando não a compreendemos e quando nos parece caótica. Uma vez curados da ilusão de imaginar que o artista cria por razões de beleza; uma vez que se tenha compreendido que somente a necessidade de criar o obriga a produzir o que depois talvez designaremos como beleza, então compreende-se que a inteligibilidade e a clareza não são condições que o artista necessita exigir da obra de arte, mas condições que o espectador espera ver satisfeitas. Nas obras conhecidas há tempos, como todas as obras mestras do passado, mesmo o espectador inexperiente encontra tais condições: porque teve tempo de adaptar-se. Todavia, quando se trata de obras novas, estranhas a princípio, é necessário dar-lhe tempo. Contudo, apesar de a distância entre a intuição precursora e clarividente do gênio e os seus contemporâneos ser muito grande em termos relativos, é, porém, em termos absolutos, muito pequena em relação ao desenvolvimento do espírito humano, e, finalmente, surge uma ligação que aproxima o que outrora era incompreensível. Quando se compreende, buscam-se as razões, encontra-se a ordem, percebe-se a clareza. Que algo ali se encontra não em virtude de uma lei ou de uma necessidade, mas por acaso. E o que queremos ter por leis são, talvez, apenas leis que governam nossa percepção, mas não leis que a obra de arte tenha que cumprir. (...)


Harmonia, de Arnold Schöenberg

segunda-feira, outubro 11, 2004

Pergunta do dia

Por que as mulheres que dão a previsão do tempo na tv SEMPRE são bonitas e quase sempre são morenas?

quarta-feira, outubro 06, 2004

Conto de Fadas para as mulheres do século XXI

Era uma vez... numa terra muito distante...uma
princesa linda,
independente e cheia de auto-estima se deparou com
uma rã enquanto
contemplava a natureza e pensava em como o
maravilhoso lago do seu
castelo estava de acordo com as conformidades
ecológicas.
Então a rã pulou para o seu colo e disse:
- Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.
Uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me
nesta rã asquerosa.
Um beijo teu, no entanto, há-de-me transformar de
novo num belo príncipe
e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo
castelo.
A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias
preparar o meu jantar,
lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e
seríamos felizes para
sempre...
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à
sautée, acompanhadas de
um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho
branco , a princesa
sorria, pensando consigo mesma: - Nem morta!

Luis Fernando Veríssimo

(recebi por email do Vinícius)

terça-feira, outubro 05, 2004

Pergunta do dia

Por que cachorros não suportam ver rodas girando?

sexta-feira, outubro 01, 2004

Música contemporânea

Notícia meio velha pra quem me conhece e eu já comentei mas: consegui num sebo um livrinho sobre a história da música contemporânea! Apesar de parecer à primeira vista um pedaço de uma enciclopédia sem graça, foi tri bom ter comprado ele pra conhecer esses compositores que contribuíram bastante para levar a música aos mais diversos caminhos, desde a ruptura até a volta aos primórdios da tonalidade. No início tem uma entrevista com Stockhausen, que é um dos precursores da música eletrônica e um inventivo compositor, que afirma na entrevista, dentre outras loucuras que o papel dele como músico "é estabelecer o contato entre os terrestres e os extraterrestres" porque a música "é obra dos extraterrestres, não dos humanos". Vai saber né.

O bom é que vou voltar a ler esse livro, porque parei para estudar para uma prova de um assunto muito mais útil para a minha vida (ah sim!), que é UML. Em suma, uma decoreba o que tive que estudar para a prova e passei assim a odiar UML. Nessas horas eu me questiono o que faço no meu curso, mas ainda bem que são só essas horas, porque ainda acho interessante a teoria da computação, pura.