sexta-feira, novembro 26, 2004
Dias melhores virão
Minha agenda:
26/11 (amanhã) - prova (preciso tirar 10)
30/11 - prova
1/12 - prova
2/12 - entrega de trabalho (fazer o trabalho, esse eh extenso)
3/12 - prova
3/12 - entrega de trabalho (relatório fácil)
6/12 - exame da disciplina q fiz prova 26/11
8/12 - outro exame
Fora os outros que não sei o que vou pegar.
Estou estressado e com medo de rodar.
Mas dias melhores virão...
E eu vou descansar, dormir, ler bastante, me dedicar à música e dar mais atenção à minha namorada!
[]s aos amigos e nos encontramos no final do ano
26/11 (amanhã) - prova (preciso tirar 10)
30/11 - prova
1/12 - prova
2/12 - entrega de trabalho (fazer o trabalho, esse eh extenso)
3/12 - prova
3/12 - entrega de trabalho (relatório fácil)
6/12 - exame da disciplina q fiz prova 26/11
8/12 - outro exame
Fora os outros que não sei o que vou pegar.
Estou estressado e com medo de rodar.
Mas dias melhores virão...
E eu vou descansar, dormir, ler bastante, me dedicar à música e dar mais atenção à minha namorada!
[]s aos amigos e nos encontramos no final do ano
terça-feira, novembro 23, 2004
SHOW SAPO (divulgando)
Dia 26/11 (SEXTA) às 20H no Conservatório de Música de Pelotas
Ingressos à 3 reais na CD HOUSE, Musical Center e no Conservatório de Música.
Em breve coloco um release aqui pra todos conhecerem melhor a banda. Mas pra quem acredita em mim, vale a pena ir!
Ingressos à 3 reais na CD HOUSE, Musical Center e no Conservatório de Música.
Em breve coloco um release aqui pra todos conhecerem melhor a banda. Mas pra quem acredita em mim, vale a pena ir!
quarta-feira, novembro 17, 2004
Para quem não acredita mais na humanidade...
... ou é pelo menos pessimista sobre a conduta do homem (e da mulher é claro, estou falando de humanos em geral) eu tenho um exemplo cotidiano bem claro. Por padrão de quem não acredita mais no homem tem-se que nenhum homem realiza alguma ação senão para tirar algum proveito, não é mesmo? Então porque razão um (um não, vários) cara sinaliza para o outro na estrada para avisar que a polícia está perto (de modo que este possa diminuir a velocidade a tempo)?
Acreditem, existe bondade intrinsicamente no homem, embora isto possa estar fora de moda.
I've seen all good people turn their heads each day
so satisfied I'm on my way. (Jon Anderson)
Acreditem, existe bondade intrinsicamente no homem, embora isto possa estar fora de moda.
I've seen all good people turn their heads each day
so satisfied I'm on my way. (Jon Anderson)
terça-feira, novembro 09, 2004
A arte elitizada
Há uma locadora de filmes no Cassino, onde eu moro, em que há tempos tive vontade de me associar, tanto porque era bem perto de casa, quanto por uma outra opção de acervo em relação a outra locadora que já sou sócio. Prefiro não citar os nomes delas. O fato foi que tentei me associar certa vez e não tive sucesso pois meu comprovante de residência (uma conta de luz) do local onde eu moro ainda está no nome do antigo morador. Mesmo assim, mostrei o comprovante do Banco que fui eu que paguei a conta, tinha meu nome nele, apresentei minha identidade mas não convenci a mulher que estava do outro lado do balcão. O comprovante teria que estar no meu nome, nem no nome da minha mãe poderia estar. Fui pra casa meio decepcionado e irritado pela burocracia da locadora e me prometi nunca pisar os pés ali mais.
Hoje vi que a locadora tinha se mudado para mais perto da minha casa. Dei uma olhada no acervo e até que achei algumas coisas interessantes, e resolvi tentar me associar denovo. Dessa vez fui mais esperto: levei uma conta de luz da antiga casa no Cassino que era da minha família, mas já foi vendida só que a conta ainda está no nome da minha mãe. Mesmo assim recebi a seguinte resposta:
Mulher atrás do balcão - A conta tem que estar no teu nome.
Eu - Mas não pode ser no nome da minha mãe? Eu apresento a identidade..
Mulher atrás do balcão - Não tem como ela vir aqui assinar?
Eu - Impossível, ela mora em Pelotas.
Outra mulher atrás do balcão me explicou gentilmente:
- Sabe o que é? Tu és dependente ainda dos teus pais (conclusão imbecil porque eu poderia muito bem trabalhar já e ganhar meu próprio dinheiro independente do nome na conta de luz) e então ela tem que vir aqui assinar.
Mulher atrás do balcão - Tu és estudante da FURG?
Eu - Sim
Mulher atrás do balcão - Tens o comprovante de matrícula?
PS: (o comprovante de matrícula são duas folhas A4 grampeadas, bem
incômodo de andar com elas no bolso o tempo todo...)
Eu - Tenho uma carteirinha do DCE, não sei se serve...
Mulher atrás do balcão - É que a gente abre exceção para estudantes da FURG.
PS: (óbvio, imagine um estudante da Bahia tendo o comprovante de residência no seu nome em Rio Grande, sendo que provavelmente sua casa é alugada)
Mulher atrás do balcão mostra a carteirinha pra outra mulher atrás do balcão..
Mulher atrás do balcão - Não, essa carteira já venceu.
PS: (de fato tinha vencido, o DCE não fez mais carteiras, pelo menos que eu saiba, desde 2002)
Eu - Tudo bem eu busco o comprovante de matrícula lá em casa..
Voltei lá com o comprovante e a conta de luz da casa antiga que já foi vendida e consegui finalmente me associar na locadora. No fim das contas eu poderia ter dado um "cambau" e colocado o telefone errado que nunca mais iam me achar. Mesmo assim fui honesto e dei o telefone certo. Minha intenção era boa, só queria ver filmes,
mas tive que dar um jeitinho com as contas. Agora elas não tem meu endereço e seria muito mais sensato terem aceitado a outra conta de luz da outra vez.
Isso é só mais um exemplo de como a arte anda elitizada no país. Agora para locar filmes tem que ser proprietário de imóvel. Isso é só mais um exemplo. Fim de semana que passou fui na Feira do Livro de Pelotas e me apavorei com os preços dos livros, mesmo com os descontos. É impossível achar um livro novo com mais de 200 páginas por menos de 20 reais. E os pockets! Minímo 8 reais! Menos que isso só se você procurar nos saldos, que geralmente não se encontra nada interessante, ou procurar os usados, que mesmo as vezes são caros.
Difícil, hoje em dia, é ter acesso à música também. Não se encontra cds novos por menos de 20 reais fora as promoções (mas as vezes encontro belezinhas nas promoções de 10 ou 12 reais).
Pelo menos ainda é possível comprar cds de música clássica por preços cômodos (menos de 10 reais). Cheguei ao ponto de passar meses sem comprar um disco, só na pirataria.
E o cinema nem se fala, para ver um filme hoje é preciso desembolsar 8 reais se você não for estudante (a minha carteira do DCE ainda vale para cinemas!!). Já paguei 11 reais numa sala em POA. O que nos
salva no fim das contas são as exposições de arte (visuais) que geralmente são de graça, o teatro (dependendo da peça também) e os shows e festivais pequenos, que se paga entre 5 e 10
reais. Os livros sobre arte também tem preços absurdos.
Antes que isso vire um catálogo de preços, concluo que hoje em dia para consumir arte é preciso ter dinheiro. E isso é problemático, pois arte é cultura, é conhecimento, é vida.
Quem tem contato com isso, o que acredito que o leitor tem, sabe o que estou dizendo. E aconteceu o pior: a arte virou um mercado, para o delírio dos investidores de gravadoras, produtores de filmes, editoras, etc. E virou "coisa de culto, intelectual", "coisa de rico", o que na verdade todo mundo tinha que ter acesso. E acredito que nosso país ia melhorar bastante se um projeto de incentivo a cultura forte fizesse com que essa situação mudasse pelo menos um pouco. Mas pra isso não é preciso nem só a consciência de tudo que eu falei, mas empenho e "colhões" para implementar um projeto desses no nosso *tão estimado* governo nacional.
Hoje vi que a locadora tinha se mudado para mais perto da minha casa. Dei uma olhada no acervo e até que achei algumas coisas interessantes, e resolvi tentar me associar denovo. Dessa vez fui mais esperto: levei uma conta de luz da antiga casa no Cassino que era da minha família, mas já foi vendida só que a conta ainda está no nome da minha mãe. Mesmo assim recebi a seguinte resposta:
Mulher atrás do balcão - A conta tem que estar no teu nome.
Eu - Mas não pode ser no nome da minha mãe? Eu apresento a identidade..
Mulher atrás do balcão - Não tem como ela vir aqui assinar?
Eu - Impossível, ela mora em Pelotas.
Outra mulher atrás do balcão me explicou gentilmente:
- Sabe o que é? Tu és dependente ainda dos teus pais (conclusão imbecil porque eu poderia muito bem trabalhar já e ganhar meu próprio dinheiro independente do nome na conta de luz) e então ela tem que vir aqui assinar.
Mulher atrás do balcão - Tu és estudante da FURG?
Eu - Sim
Mulher atrás do balcão - Tens o comprovante de matrícula?
PS: (o comprovante de matrícula são duas folhas A4 grampeadas, bem
incômodo de andar com elas no bolso o tempo todo...)
Eu - Tenho uma carteirinha do DCE, não sei se serve...
Mulher atrás do balcão - É que a gente abre exceção para estudantes da FURG.
PS: (óbvio, imagine um estudante da Bahia tendo o comprovante de residência no seu nome em Rio Grande, sendo que provavelmente sua casa é alugada)
Mulher atrás do balcão mostra a carteirinha pra outra mulher atrás do balcão..
Mulher atrás do balcão - Não, essa carteira já venceu.
PS: (de fato tinha vencido, o DCE não fez mais carteiras, pelo menos que eu saiba, desde 2002)
Eu - Tudo bem eu busco o comprovante de matrícula lá em casa..
Voltei lá com o comprovante e a conta de luz da casa antiga que já foi vendida e consegui finalmente me associar na locadora. No fim das contas eu poderia ter dado um "cambau" e colocado o telefone errado que nunca mais iam me achar. Mesmo assim fui honesto e dei o telefone certo. Minha intenção era boa, só queria ver filmes,
mas tive que dar um jeitinho com as contas. Agora elas não tem meu endereço e seria muito mais sensato terem aceitado a outra conta de luz da outra vez.
Isso é só mais um exemplo de como a arte anda elitizada no país. Agora para locar filmes tem que ser proprietário de imóvel. Isso é só mais um exemplo. Fim de semana que passou fui na Feira do Livro de Pelotas e me apavorei com os preços dos livros, mesmo com os descontos. É impossível achar um livro novo com mais de 200 páginas por menos de 20 reais. E os pockets! Minímo 8 reais! Menos que isso só se você procurar nos saldos, que geralmente não se encontra nada interessante, ou procurar os usados, que mesmo as vezes são caros.
Difícil, hoje em dia, é ter acesso à música também. Não se encontra cds novos por menos de 20 reais fora as promoções (mas as vezes encontro belezinhas nas promoções de 10 ou 12 reais).
Pelo menos ainda é possível comprar cds de música clássica por preços cômodos (menos de 10 reais). Cheguei ao ponto de passar meses sem comprar um disco, só na pirataria.
E o cinema nem se fala, para ver um filme hoje é preciso desembolsar 8 reais se você não for estudante (a minha carteira do DCE ainda vale para cinemas!!). Já paguei 11 reais numa sala em POA. O que nos
salva no fim das contas são as exposições de arte (visuais) que geralmente são de graça, o teatro (dependendo da peça também) e os shows e festivais pequenos, que se paga entre 5 e 10
reais. Os livros sobre arte também tem preços absurdos.
Antes que isso vire um catálogo de preços, concluo que hoje em dia para consumir arte é preciso ter dinheiro. E isso é problemático, pois arte é cultura, é conhecimento, é vida.
Quem tem contato com isso, o que acredito que o leitor tem, sabe o que estou dizendo. E aconteceu o pior: a arte virou um mercado, para o delírio dos investidores de gravadoras, produtores de filmes, editoras, etc. E virou "coisa de culto, intelectual", "coisa de rico", o que na verdade todo mundo tinha que ter acesso. E acredito que nosso país ia melhorar bastante se um projeto de incentivo a cultura forte fizesse com que essa situação mudasse pelo menos um pouco. Mas pra isso não é preciso nem só a consciência de tudo que eu falei, mas empenho e "colhões" para implementar um projeto desses no nosso *tão estimado* governo nacional.
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