O Index Librorum Prohibitorum (Indice dos livros proibidos) foi uma lista de publicações proibidas pela Igreja Católica Romana, de "livros perniciosos" contendo ainda as regras da igreja relativamente a livros.
O objectivo desta lista era prevenir a leitura de livros imorais ou de obras que contivessem erros teológicos e deste modo "prevenir a corrupção dos fieis". Em certas ocasiões, a proibição de livros prevenia que os católicos romanos descobrissem certos pontos fracos ou não comprovados da doutrina da igreja. Os autores foram encorajados a não publicar material que os católicos romanos possam achar dificil de defender.
Foi criado em 1559 pela sagrada congregação da Inquisição da igreja católica romana (mais tarde chamada de congregação para a doutrina da fé). O index foi actualizado regularmente até à trigésima-segunda edição, em 1948, tendo os livros sido escolhidos pela congregação ou pelo papa. A lista não era simplesmente reactiva, os autores eram encorajados a defender os seus trabalhos. Em certos casos eles podiam re-publicar com omissões se pretendessem evitar a interdição. A censura prévia era encorajada.
A trigésima-segunda edição, publicada em 1948, continha 4.000 títulos censurados por várias razões: heresia, deficiência moral, sexualidade explícita, incorrecção política, etc.
Não é surpreendente que a igreja católica romana tenha praticado a censura. Membros de outras religiões também exerceram ou continuam a exercer a censura. O que é notável é que obras de cientistas, filósofos, enciclopedistas ou pensadores como Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, Nicolau Maquiavel, Erasmo de Roterdão, Baruch de Espinosa, John Locke, Berkeley, Denis Diderot, Blaise Pascal, Thomas Hobbes, René Descartes, Rousseau, Montesquieu, David Hume ou Immanuel Kant tenham pertencido a esta lista.
Alguns notáveis romancistas ou poetas incluidos na lista são: Laurence Sterne, Heinrich Heine, John Milton, Alexandre Dumas (pai e filho), Voltaire, Jonathan Swift, Daniel Defoe, Vitor Hugo, Emile Zola, Stendhal, Gustave Flaubert, Anatole France, Honoré de Balzac, Jean-Paul Sartre, ou o sexologista holandês Theodor Hendrik van de Velde, autor do manual sexual "The Perfect Marriage".
Teve um grande efeito por todo o mundo católico. Por muitos anos, em áreas tão diversas como o Quebec, Portugal, Brasil ou a Polónia, era muito difícil de encontrar cópias de livros banidos, especialmente fora das grandes cidades.
O indice foi abolido apenas em 1966 com o Papa Paulo VI.
Texto retirado integralmente da Wikipedia pt
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O que é mais interessante é a lista dos autores em si. Essa página
tem alguns autores conhecidos que estão na lista, como Kant, Sartre, etc.
sexta-feira, junho 24, 2005
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2 comentários:
Com certeza, Vaz!
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